domingo, 30 de novembro de 2014

A força do amor

Dentre os meus caminhos tortuosos encontrei a paz, a calmaria de um sono infantil abrasado no calor de uma mãe. Nos meus suspiros mais profundos encontrei o alívio de estar aconchegada no coração de um alguém. Sou lar, retorno, abraço que cura. Me encontro em total estado de perfeição. A satisfação, do amor infindo encontra-se alojada em meu peito, segura e inviolável. Indiscretamente meu corpo grita felicidade. Louco e entusiasmado com uma realização tão límpida quanto a água que corre a vertente. Meu coração não se anulou do amor e, em meio aos devaneios e caos, encontrou aconchego e entregou-se.

sábado, 29 de novembro de 2014

O amor é ser

Houve um tempo em que os sonhos se cruzaram, uma linha tênue traçada entre dois corações, era uma história que se recriava, um encontro sublime e indômito, nada seria capaz de deter. Raios e trovões competiam com as borboletas coloridas e alegres de um estômago frio, ácido. Era a reconstrução do Édem se fazendo dentro de um ser. Cólicas emocionais faziam arder o peito, veias saltitantes com sangue fervente consagravam uma nova criação da medicina, era o amor se materializando, tomando formas, encontrando seu lugar. Foi uma mão fria e trêmula, um olhar tagarela e uma boca silenciosa que determinaram todas as sensações incomuns de amar a quem não se conhece. Amar o calmo, o óbvio, o previsível... seria fácil demais. O amor veio carregado de surpresas, arrebatando o comum, surpreendendo, avassalando. O amor não é sublime, ele é perspicaz, grita tão alto que quando damos conta, estamos soando o último eco de felicidade!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Chegou!

A gente sabe que é amor quando já não dá mais a mesma importância ao que as pessoas falam e, passa a olhar o outro com olhar de sonho, carregado de ternura e cheio de paixão. A gente sabe que é amor, quando a necessidade de cuidar ultrapassa a vontade de cobrar. A gente sempre sabe que é amor, quando não dava a menor importância a quem do nada, passou a ser tudo o que a cabeça pensa!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Meu sol

É constelação de estrelas no olhar, poder de aprisionar sem dor, sem resistência. Uma chama que arde, ilumina e queima. Na chegada, fervor, tempestade, vulcão. Ao fim é paz que invade, serenidade afluente do amor, brisa que acalma e enriquece a alma. Dos temidos vales, és a ponte de ligação ao sol, tua doçura estonteia minha calma. Decifrar impossível, tens a certeza nas mãos, teu falar é exato, teus segredos confundem. Das certezas és meu caos, me perdi nas entrelinhas ao tentar te encontrar, tocar-te é impróprio, mas em noites frias é contigo que deito, é em ti que me basto. Você é graça, favor. De toda a tempestade, você é arco-íris.
De todas as razões que eu tive na vida pra ser completa e concluir meus projetos e sonhos, me vi inacabada e pela metade. O amor que constrói pontes indestrutíveis também constrói muros inatingíveis. Amando inteiramente, me descobri incompleta. Me descobri vivendo pouco a pouco, como um quebra-cabeças, sendo montada lentamente. Vou completando os espaços vagos, encaixando palavras, formando histórias, resolvendo meus próprios paradigmas. O amor me fez labirinto e ninguém me enxerga por completo, ninguém me vê inteira, crua, despida da dor.