Dentre os meus caminhos tortuosos encontrei a paz, a
calmaria de um sono infantil abrasado no calor de uma mãe. Nos meus suspiros
mais profundos encontrei o alívio de estar aconchegada no coração de um alguém.
Sou lar, retorno, abraço que cura. Me encontro em total estado de perfeição. A
satisfação, do amor infindo encontra-se alojada em meu peito, segura e
inviolável. Indiscretamente meu corpo grita felicidade. Louco e entusiasmado
com uma realização tão límpida quanto a água que corre a vertente. Meu coração
não se anulou do amor e, em meio aos devaneios e caos, encontrou aconchego e
entregou-se.
Nadjanara, 25 anos, cristã protestante, romântica assumida e com os pés fincados no chão. A vida é cheia de reticências, mas exige pontos finais no meio de algumas frases inacabadas. Não sou escritora, só quero escrever!
domingo, 30 de novembro de 2014
sábado, 29 de novembro de 2014
O amor é ser
Houve um tempo em que os sonhos se cruzaram, uma linha tênue traçada entre dois corações, era uma história que se recriava, um encontro sublime e indômito, nada seria capaz de deter. Raios e trovões competiam com as borboletas coloridas e alegres de um estômago frio, ácido. Era a reconstrução do Édem se fazendo dentro de um ser. Cólicas emocionais faziam arder o peito, veias saltitantes com sangue fervente consagravam uma nova criação da medicina, era o amor se materializando, tomando formas, encontrando seu lugar. Foi uma mão fria e trêmula, um olhar tagarela e uma boca silenciosa que determinaram todas as sensações incomuns de amar a quem não se conhece. Amar o calmo, o óbvio, o previsível... seria fácil demais. O amor veio carregado de surpresas, arrebatando o comum, surpreendendo, avassalando. O amor não é sublime, ele é perspicaz, grita tão alto que quando damos conta, estamos soando o último eco de felicidade!
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Chegou!
A gente sabe que é amor quando já não dá mais a mesma importância ao que as pessoas falam e, passa a olhar o outro com olhar de sonho, carregado de ternura e cheio de paixão. A gente sabe que é amor, quando a necessidade de cuidar ultrapassa a vontade de cobrar. A gente sempre sabe que é amor, quando não dava a menor importância a quem do nada, passou a ser tudo o que a cabeça pensa!
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Meu sol
É constelação de estrelas no olhar, poder de aprisionar sem dor, sem resistência. Uma chama que arde, ilumina e queima. Na chegada, fervor, tempestade, vulcão. Ao fim é paz que invade, serenidade afluente do amor, brisa que acalma e enriquece a alma. Dos temidos vales, és a ponte de ligação ao sol, tua doçura estonteia minha calma. Decifrar impossível, tens a certeza nas mãos, teu falar é exato, teus segredos confundem. Das certezas és meu caos, me perdi nas entrelinhas ao tentar te encontrar, tocar-te é impróprio, mas em noites frias é contigo que deito, é em ti que me basto. Você é graça, favor. De toda a tempestade, você é arco-íris.
De todas as razões que eu tive na vida pra ser completa e concluir meus projetos e sonhos, me vi inacabada e pela metade. O amor que constrói pontes indestrutíveis também constrói muros inatingíveis. Amando inteiramente, me descobri incompleta. Me descobri vivendo pouco a pouco, como um quebra-cabeças, sendo montada lentamente. Vou completando os espaços vagos, encaixando palavras, formando histórias, resolvendo meus próprios paradigmas. O amor me fez labirinto e ninguém me enxerga por completo, ninguém me vê inteira, crua, despida da dor.
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