sábado, 29 de novembro de 2014

O amor é ser

Houve um tempo em que os sonhos se cruzaram, uma linha tênue traçada entre dois corações, era uma história que se recriava, um encontro sublime e indômito, nada seria capaz de deter. Raios e trovões competiam com as borboletas coloridas e alegres de um estômago frio, ácido. Era a reconstrução do Édem se fazendo dentro de um ser. Cólicas emocionais faziam arder o peito, veias saltitantes com sangue fervente consagravam uma nova criação da medicina, era o amor se materializando, tomando formas, encontrando seu lugar. Foi uma mão fria e trêmula, um olhar tagarela e uma boca silenciosa que determinaram todas as sensações incomuns de amar a quem não se conhece. Amar o calmo, o óbvio, o previsível... seria fácil demais. O amor veio carregado de surpresas, arrebatando o comum, surpreendendo, avassalando. O amor não é sublime, ele é perspicaz, grita tão alto que quando damos conta, estamos soando o último eco de felicidade!

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